This ACB report explores issues relating to farmers’ independent seed development, production and distribution. Drawing from innovative case studies in Brazil, East Africa and elsewhere, suggestions are presented to strengthen farmer quality control practices.

In sub-Saharan Africa, more than 65% of the population depends on agriculture for their livelihoods, producing around 80% of food consumed. Smallholder farmers on the continent source more than 90% of their seed from their own saving, relatives and neighbours, and local markets, and less than 10% from the formal seed sector.

Smallholder farmers play a critical role in maintaining, adapting and using agricultural biodiversity, as recognised in the International Treaty on Plant Genetic Resources for Food and Agriculture (ITPGRFA) and elsewhere.

However, farmer seed systems are under enormous pressure.

  • Population growth and urbanisation are reshaping markets and diets.
  • Climate change, drought, new and old pests and diseases, loss of soil fertility, and centralised markets for a narrow range of products are contributing to the movement of people off the land and to the loss of biodiversity.
  • Interventions to introduce large-scale commercial farming, smallholder contract farming schemes, and new technologies threaten to further marginalise the majority of smallholders, whose conditions are not conducive to the success of these interventions.

Author Stephen Greenberg discusses some of the content in the paper here.

The formal sector has a well-established system for maintaining seed quality in production and dissemination for commercial purposes. However, formal sector quality criteria, which mostly are developed at a distance from farmers, are very rigid and not always appropriate or feasible for diverse smallholder production contexts.

Conversely, farmers have their own diverse range of practices for ensuring seed quality is retained and enhanced over time. But these quality controls in smallholder seed production systems are not uniformly or evenly practised, and are seldom adequately recognised or supported.

As seed and food sovereignty movements grow, and there is increased need to strengthen smallholder farmers’ production capabilities, issues of farmers’ independent seed development, production and distribution have arisen as practical considerations. This report contributes to this movement by considering:

  • Definitions of quality in seed production
  • Quality controls smallholder farmers are practising in their own systems
  • Challenges to effective quality control in these systems – both internal (e.g. poor agronomic practices) and external (e.g. seed policies and laws, climate change)
  • Quality assurance options for farmers who may want to sell seed commercially, including lessons from participatory guarantee systems (PGS)

The report provides case studies of innovative experiences and practices in supporting quality controls in farmer seed production, drawing from Brazil and East Africa in particular. It concludes by suggesting some support options to strengthen farmer quality control practices without imposing a rigid formal structure.

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Controles de qualidade de produção nos sistemas de sementes de camponeses em África

Junho 2019

Este relatório do ACB explora questões que se relacionam com o desenvolvimento, a produção e distribuição de sementes independentes pelos camponeses. Apresentam-se sugestões extraídas de casos de estudo inovativos no Brasil e na África Oriental para fortalecer práticas de controle de qualidade pelos camponeses.

Pequenos produtores desempenham um papel crítico na manutenção, adapatação e uso da biodiversidade agrícola, conforme reconhecido no Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos de Plantas para Alimentação e Agricultura (ITPGRFA) e noutros.

Contudo, os sistemas de sementes dos camponeses estão debaixo de enorme pressão:

  • Crescimento populacional e urbanização estão a modificar mercados e dietas.
  • A mudança climática, secas, novas e antigas pragas e doenças, perda de fertilidade do solo, e mercados centralizados para uma restrita gama de produtos estão a contribuir para o movimento de pessoas para longe da terra e perda da biodiversidade.
  • Intervenções para introduzir agricultura comercial em grande escala, esquemas de produção agrícola por contrato e tecnologias novas, ameaçam marginalizar ainda mais a maioria de camponeses cujas condições não conduzem ao sucesso destas intervenções.

Na África Subsaariana, mais de 65% da população depende da agricultura para trabalho e subsistência, produzindo cerca de 80% dos alimentos consumidos. Estes pequenos produtores obtêm mais de 90% das suas sementes das suas próprias poupanças, dos seus parentes e vizinhos e mercados locais, e obtêm menos de 10% delas do sector formal de sementes.

O sector formal tem um sistema bem estabelecido para manter a qualidade das sementes na produção e disseminação para fins comerciais. Contudo, os critérios para qualidade no sector formal, que são na maiora desenvolvidos a uma distância dos agricultores, são muto rígidos e nem sempre adequados ou viáveis para diversos contextos de produção por camponeses.

Conversamente, os camponeses têm a sua própria gama diversificada de práticas para garantir que a qualidade das sementes seja mantida e melhorada ao longo do tempo. Mas estes controles de qualidade nos sistemas de produção de sementes dos camponeses não são uniformemente ou consistentemente praticados, e raramente são adequadamente reconhecidos ou apoiados.

À medida que os movimentos de soberania de sementes e alimentar crescem, e há uma necessidade crescente de fortalecer as capacidades de produção dos camponeses, surgiram considerações práticas sobre o desenvolvimento, a produção e distribuição de sementes independentes pelos camponeses. Este artigo contribui para este movimento considerando:

  • Definições de qualidade na produção de sementes
  • Controles de qualidade que os camponeses estão a praticar nos seus próprios sistemas
  • Desafios para controles de qualidade efectivos nesses sistemas – tanto internos (por exemplo, práticas agronômicas inadequadas) como externos (por exemplo, políticas e leis de sementes, mudanças climáticas)
  • Opções para garantir qualidade para camponeses que possam querer vender sementes comercialmente , incluindo lições de sistemas de garantia participativa (SGP).

Este relatório oferece casos de estudo de experiências e práticas inovativas no apoio de controles de qualidade na produção de sementes por camponeses, particularmente inspirados por experiências no Brasil e na África Oriental. Conclui sugerindo algumas opções de apoio para fortalecer práticas para controle de qualidade por camponeses sem imporem uma estrutura formal rígida.

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Controles de calidad de la producción en los sistemas de agricultores en África

Junio 2019

Este informe ACB explora asuntos relacionados con el desarrollo, la producción y distribución independientes de los agricultores. Tomando como base estudios de caso innovadores en Brasil y África Oriental, se presentan sugerencias para fortalecer las prácticas de control de calidad de los agricultores.

Según lo reconoce el Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para la Alimentación y Agricultura (TRFAAA) y otros, los pequeños agricultores desempeñan un rol esencial para mantener, adaptar y usar la biodiversidad agrícola.

Sin embargo, los sistemas de semillas de los agricultores se encuentran bajo enorme presión.

  • El crecimiento poblacional y la urbanización están restructurando los mercados y las dietas.
  • El cambio climático, la sequía, nuevas y antiguas plagas y enfermedades, la pérdida de fertilidad del suelo y los mercados focalizados en un rango limitado de productos están contribuyendo a que la gente salga de sus territorios y a la pérdida de la biodiversidad.
  • Las intervenciones para introducir una agricultura comercial a gran escala, los esquemas contractuales agrícolas para los pequeños agricultores y las nuevas tecnologías amenazan con marginalizar aún más a la mayoría de pequeños productores, cuyas condiciones no conducen al éxito de estas intervenciones.

En el África Subsahariana, más del 65% de la población depende de la agricultura para su subsistencia y produce alrededor del 80% de los alimentos que se consumen. Los pequeños agricultores del continente obtienen más del 90% de sus semillas de sus propios ahorros, familia, vecinos y mercados locales, y menos del 10% del sector formal de semillas.

El sector formal tiene un sistema bien establecido de mantener la calidad de la semilla en la producción y su diseminación para fines comerciales. Sin embargo, los criterios de calidad del sector formal, que en su mayoría han sido desarrollados lejos de los agricultores, son muy rígidos y no siempre son apropiados o factibles para los diversos contextos de producción de los pequeños productores.

A la inversa, los agricultores tienen su propio rango diverso de prácticas para asegurar que la calidad de la semilla se mantenga y mejore con el tiempo. Pero estos controles de calidad en los sistemas de producción de semilla de los pequeños agricultores no se practican de manera uniforme o pareja y pocas veces son reconocidos o respaldados de manera adecuada.

A medida que crecen los movimientos de semillas y soberanía alimentaria, y crece la necesidad de fortalecer las capacidades de los pequeños agricultores, los asuntos relacionados con el desarrollo, producción y distribución independiente de semilla de los agricultores han ido surgiendo como consideraciones prácticas. El presente informe contribuye a este movimiento al considerar lo siguiente:

  • Definiciones de la calidad en la producción de semilla
  • Controles de calidad que los pequeños agricultores practican en sus propios sistemas
  • Desafíos a un control de calidad efectivo en estos sistemas –internos (por ej., malas prácticas agrícolas) y externos (Por ej., políticas y leyes de semillas, cambio climático)
  • Opciones de garantía de calidad para los agricultores que quisieran vender semilla a nivel comercial, incluyendo lecciones de los sistemas participativos de garantía (SPG)

El informe provee casos de estudio de experiencias y prácticas innovadoras en el respaldo a controles de calidad en la producción de semilla de agricultor, basados en Brasil y África Oriental, particularmente. Termina sugiriendo algunas opciones de apoyo para fortalecer las prácticas de control de calidad de los agricultores sin imponer una estructura formal rígida.

Para baixar o resumo em espanhol, clique aqui.


La production de contrôles qualité au sein des systèmes semenciers paysans en Afrique

Juin 2019

Ce rapport de l’ABC explore les problèmes liés au développement, à la production et à la distribution indépendants des semences paysannes. Inspirées d’études de cas innovantes au Brésil et en Afrique de l’Est, des suggestions sont formulées pour appuyer le renforcement des pratiques paysannes en matière de contrôles qualité des semences.

Les petits exploitants jouent un rôle essentiel dans le maintien, l’adaptation et l’utilisation de la biodiversité agricole, tel que reconnus dans le Traité international sur les ressources phytogénétiques pour l’alimentation et l’agriculture (TIRPAA) et ailleurs.

Toutefois, les systèmes semenciers paysans sont sous pression.

  • La croissance démographique et l’urbanisation sont en train de refaçonner les marchés et les régimes alimentaires ;
  • le changement climatique, la sécheresse, les nouveaux et anciens parasites et maladies, la perte de fertilité des sols, et la centralisation des marchés autour d’une gamme réduite de produits contribuent à la migration hors des zones rurales et à la perte de biodiversité ;
  • les interventions visant à introduire l’agriculture commerciale de grande échelle, la contractualisation des petits exploitants, ainsi que les nouvelles technologies posent le risque d’une marginalisation accrue de la majorité des petits exploitants, dont les conditions ne conduisent pas au succès de telles interventions.

En Afrique sud-saharienne, plus de 65 % de la population dépend de l’agriculture comme moyen d’existence, produisant environ 80 % des aliments consommés. Plus de 90% des semences des petits exploitants proviennent de leurs propres semences sauvegardées, de leurs proches ou de leurs voisins, ainsi que des marchés locaux, tandis que moins de 10 % proviennent du secteur semencier formel.

Le secteur formel dispose d’un système de maintien de la qualité des semences à travers des processus de production et de dissémination bien établis. Cependant, les critères de qualité du secteur formel sont essentiellement le produit d’un travail à distance, éloigné des exploitants ; ils sont aussi très rigides et pas toujours adéquats ou applicables aux divers contextes de la production paysanne.

Inversement, les agriculteurs disposent de leurs propres gammes diversifiées de pratiques visant à garantir et accroître la qualité semencière dans la durée. Or ces contrôles qualité au sein des systèmes de production semencière paysans ne sont pas uniformes ou mis en pratique de manière uniforme, et font rarement l’objet d’une reconnaissance et reçoivent rarement des appuis.

L’ampleur des mouvements de souveraineté semencière et alimentaire fait apparaître de manière de plus en plus pressante le besoin de renforcer les capacités de production des petits exploitants. Ce rapport contribue à ce mouvement en considérant:

  • comment définir la qualité dans la production semencière ;
  • comment les petits exploitants pratiquent les contrôles qualité dans leurs propres systèmes ;
  • les défis qui se posent à un contrôle qualité efficace de ces systèmes – tant internes (comme par exemple de mauvaise pratiques agronomiques) qu’externes (comme par exemple les politiques et lois semencières et le changement climatique);
  • les options en matière d’assurance qualité qui se présentent aux agriculteurs qui souhaiteraient vendre leurs semences commercialement, y compris les leçons qui peuvent être tirées des systèmes de garantie participatifs (SGP).

Le rapport propose des études de cas tirées essentiellement du Brésil et de l’Afrique de l’Est et qui documentent des expériences et des pratiques innovantes en matière d’appuis aux contrôles qualité dans la production semencière paysanne. Le rapport conclut en suggérant des options d’appuis au renforcement des pratiques en matière de contrôles qualité paysans sans imposer une structure formelle rigide.

Vous pouvez télécharger la séance d’information en cliquant ce lien.

Vous pouvez télécharger le résumé en cliquant ce lien.

L’auteur Stephen Greenberg parle de l’importance de ce document, dans la vidéo ci-dessous (en anglais): https://youtu.be/jI1Zm1Sq8jg