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African food sovereignty movement’s victory over, and continued resistance against, the biotech industry
Despite two decades of biotech industry-backed lobbying, funding, relentless propaganda and backroom deals, supported by neo-colonial philanthropy-capitalists, such as Bill Gates; this machinery has very little to show. Only 2.9 million hectares of genetically modified (GM) crops are being grown on the continent, of which 93% is in South Africa, and then too, only in respect of maize, soyabeans and cotton.
The reason for this is the strong push back by African food movements on the one hand, and the string of dismal failures on the other. Such one flop is the tragic disaster of Monsanto’s Bt cotton in Burkina Faso. The livelihoods of smallholder farmers were seriously imperilled by the inferior quality of GM cotton fibre, which was produced as a result of biosafety protocols not being adhered to, in the rush to get GM cotton seeds to the market and farmers’ fields. Another huge setback for the industry has been the failure of Monsanto to capture the African maize market, with its GM bogus drought tolerant maize seed.
With much touting of the success of Ethiopia, Nigeria and Eswatini’s adoption of Bt cotton on the continent, GM commercial cultivation in these countries is indeed miniscule, and this can hardly be seen as conclusive that Africa is embracing GM. African civil society and farmer organisations have fought vehemently against, and continue to denounce and reject, the infiltration of GM seeds and crops into their agricultural and food systems.
Nevertheless, there is a renewed push for the adoption of unperforming GM technofixes, designed to enforce extractive models of agriculture, through the entrenchment of industrial agriculture and the reinforcement of indebtedness, inequality, social exclusion and ecological crises such as climate change, biodiversity loss and degradation, pest infestations, and deforestation, among others.
The continent is also facing a strong push to adopt novel GM technologies, such as cisgenesis and intragenesis, RNAi-mediated DNA methylation, agroinfiltration, reverse breeding and genome editing techniques (CRISPR and gene drives, TALENS and oligonucleotide-directed mutagenesis).
The failure of old GM technologies is a forewarning that such new GM techniques will also be met with fierce opposition. We will not tolerate in Africa, continuing hegemonic control and privatisation of African food systems. African civil society has called and continues to call for a ban on both failed GMOs and the latest genome editing and gene drive technofixes. What is needed is to decolonise African agricultural and health systems from unequal colonial relationships with the North and the rest of world, which continue to exacerbate our ecological and health crises.
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EDIÇÃO DE GENOMA – NOVA ONDA DE FALSAS SOLUÇÕES CORPORATIVAS PARA OS SISTEMAS ALIMENTARES DA ÁFRICA
Advertências de falhas iminentes de novos reparos técnicos GM
A vitória do movimento africano de soberania alimentar e a resistência contínua contra a indústria biotecnológica
Apesar de duas décadas de pressão, financiamento, propaganda implacável e acordos de bastidores apoiados por filantropos-capitalistas neo-coloniais, como Bill Gates; esta maquinaria tem muito pouco para exibir. Apenas 2,9 milhões de hectares de culturas geneticamente modificadas (GM) estão a ser cultivados no continente, dos quais 93% se encontram na África do Sul, e também, apenas no que diz respeito ao milho, soja e algodão.
A razão por detrás disto é o forte impulso dos movimentos alimentares africanos, por um lado, e a cadeia de fracassos sombrios, por outro. Tal fracasso é o trágico desastre do algodão Bt da Monsanto no Burkina Faso. A subsistência dos pequenos agricultores foi seriamente ameaçada pela qualidade inferior da fibra de algodão GM, que foi produzida como resultado do não cumprimento dos protocolos de biosegurança, na pressa de levar as sementes de algodão GM ao mercado e aos campos dos agricultores. Outro enorme revés para a indústria tem sido o fracasso da Monsanto em capturar o mercado africano do milho, com as suas sementes de milho geneticamente modificadas tolerantes à seca.
Com muito falatório do sucesso da adopção do algodão Bt pela Etiópia, Nigéria e Eswatini no continente, o cultivo comercial de algodão GM nestes países é de facto minúsculo, e isto dificilmente pode ser visto como conclusivo de que a África está a abraçar a GM. A sociedade civil africana e as organizações de agricultores têm lutado veementemente contra, e continuam a denunciar e a rejeitar, a infiltração de sementes e culturas GM nos seus sistemas agrícolas e alimentares.
No entanto, existe um novo impulso para a adopção de reparos técnicos GM não conformes, concebidos para impor modelos extractivos de agricultura, através da consolidação da agricultura industrial e do reforço do endividamento, desigualdade, exclusão social e crises ecológicas, tais como alterações climáticas, perda e degradação da biodiversidade, infestações por pragas e desflorestação, entre outras.
O continente enfrenta também um forte impulso para adoptar novas tecnologias GM, tais como cisgénese e intragénese, metilação do ADN mediada por RNAi, agroinfiltração, reprodução inversa e técnicas de edição do genoma (CRISPR e condução de genes, TALENS e mutagénese dirigida por oligonucleótidos).
O fracasso das antigas tecnologias GM é um prenúncio de que tais novas técnicas GM também serão enfrentadas com feroz oposição. Não toleraremos em África, um controlo hegemónico contínuo e a privatização dos sistemas alimentares africanos. A sociedade civil africana apelou e continua a apelar a uma proibição tanto dos OGM falhados como das mais recentes técnicas de edição de genomas e de transmissão de genes. O que é necessário é descolonizar os sistemas agrícolas e de saúde africanos das relações coloniais desiguais com o Norte e o resto do mundo, que continuam a exacerbar as nossas crises ecológicas e sanitárias.
Modification du génome – une nouvelle vague de fausses solutions portées par les entreprises pour les systèmes alimentaires africains
Avertissements sur l’échec imminent de la nouvelle technoscience des OGM
La victoire du mouvement africain pour la souveraineté alimentaire contre l’industrie biotechnologique et la poursuite de la résistance
Malgré deux décennies de lobbying, de financement, de propagande incessante et d’accords passés en coulisse, avec l’appui de l’industrie biotechnologique et des philanthropes-capitalistes néocoloniaux tels que Bill Gates, cette machinerie compte des résultats limités à son actif. Seuls 2,9 millions d’hectares de cultures à base d’organismes génétiquement modifiées (OGM) sont cultivés sur le continent, dont 93 % en Afrique du Sud, et encore, uniquement pour le maïs, le soja et le coton.
La raison en est, d’une part, la forte pression exercée par les mouvements africains pour l’alimentation et, d’autre part, la série d’échecs cuisants rencontrés par l’industrie. L’un de ces échecs est le désastre tragique qu’a connu le coton Bt de Monsanto au Burkina Faso. Les moyens de subsistance des petits exploitants agricoles ont été sérieusement mis en péril par la qualité inférieure de la fibre de coton génétiquement modifié, produite dans la hâte et dans le non-respect des protocoles de biosécurité, afin de mettre rapidement les semences de coton génétiquement modifié sur le marché et dans les champs des agriculteurs. Un autre revers important essuyé par l’industrie a été l’incapacité de Monsanto à s’emparer du marché africain du maïs, avec ses semences fallacieuses de maïs OGM soi-disant tolérantes à la sécheresse.
Bien que l’on ait beaucoup vanté le succès de l’adoption du coton Bt par l’Éthiopie, le Nigeria et l’Eswatini sur le continent, la culture commerciale des OGM dans ces pays est de fait minime, et l’on ne peut guère en conclure que l’Afrique adopte les OGM. La société civile africaine et les organisations d’agriculteurs ont lutté avec véhémence contre, et continuent de dénoncer et de rejeter, l’infiltration des semences et des cultures OGM dans leurs systèmes agricoles et alimentaires.
Néanmoins, on constate un regain d’intérêt pour l’adoption de techno-solutions à base d’OGM peu performants, conçus pour renforcer les modèles d’agriculture extractive, par le biais de l’enracinement de l’agriculture industrielle et de l’accroissement de l’endettement, de l’inégalité, de l’exclusion sociale et des crises écologiques telles que le changement climatique, la perte et la dégradation de la biodiversité, les infestations de nuisibles et la déforestation, entre autres.
Le continent est également confronté à une forte pression en faveur de l’adoption de nouvelles technologies OGM, telles que la cisgenèse et l’intragenèse, la méthylation de l’ADN médiée par l’ARNi, l’agro-infiltration, la sélection inverse et les techniques d’édition du génome (CRISPR et le forçage génétique, TALENS et la mutagenèse dirigée par oligonucléotides).
L’échec des anciennes techniques d’OGM est un signe avant-coureur que ces nouvelles techniques d’OGM se heurteront également à une opposition farouche. Nous ne tolérerons pas en Afrique la poursuite du contrôle hégémonique et de la privatisation des systèmes alimentaires africains. La société civile africaine a demandé et continue de demander l’interdiction des OGM qui ont échoué et des dernières techno-solutions d’édition du génome et de forçage génétique. Il faut décoloniser les systèmes agricoles et sanitaires africains des relations coloniales inégales qu’elles entretiennent avec l’Occident et le reste du monde, et qui continuent d’exacerber nos crises écologiques et sanitaires.
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